E a Grande Mãe
Virou
Deus Pai!
Há 12 mil anos ocorreram grandes transformações: surgiu a agricultura, começou a domesticação dos animais, o ser humano passou a ser sedentário. A intensificação da domesticação dos animais fez com que o papel do macho ficasse mais claro. Esse papel passou a ser considerado vital quando ficou estabelecida a relação entre acasalamento e paternidade, mas não tão importante ao ponto de fazer do macho uma divindade. Embora tivesse se destacado seu papel de procriador, a Grande Mãe ainda permaneceu como referência e símbolo da própria Natureza.
Muitos autores acreditam que não é adequado o termo “Deusa Mãe”. Naquele tempo não havia o conceito de religião, uma vez que TUDO ERA SAGRADO: o sol e a lua, as montanhas e as florestas, o ar e a água, todas as forças da natureza, vulcões, trovões … Esta sacralidade {que é diferente de religião} levou Marija Gimbutas a propor a existência de uma civilização pré-indo-europeia que chamou de “cultura pré-histórica da deusa”, que teria existido até cerca de 3.000 aC, época em que o patriarcado começou a ser gradualmente estabelecido.
E a Grande Mãe virou Deus Pai também será lançado em formato de e-book.
Vênus de Willendorf,
aproximadamente 26 mil aC.
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Neide Miele
Professora aposentada da Universidade Federal da Paraíba, do Departamento de Ciências Sociais desde 1986 até 2010, ano em que me transferi para o Departamento de Ciências das Religiões, o qual ajudei a criar no Centro de Educação, da UFPB, que conta atualmente com cursos de Graduação, Mestrado e Doutorado.
Maiores informações na Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/2886431459016421